Educação Financeira - Por que é tão importante ensinar para seus filhos?

Homem ensinando robótica para crianças

Tão importante, tão indispensável e impactante ao longo da vida, porém poucas pessoas têm e talvez menos ainda se interessam por desenvolver. Educação financeira, você tem?

E é por falta dela que muitos brasileiros se encontram enrolados em bolas de neves de dívidas, não sabem usar cartão de crédito, não administram bem suas rendas e gastam bem mais do que ganham.

Muita gente procura se policiar e procurar resolver essa questão, menos falada do que deveria e muito urgente já na fase adulta, quando já se vê no meio de um verdadeiro caos financeiro.

A verdade é que, nesse caso, é como diz o dito popular “melhor prevenir do que remediar”. Se for algo ensinado desde criança, ao ser jovem adulto desde aquele primeiro salário já vai existir uma consciência maior.

Não é incomum encontrar histórias de jovens que sujaram o nome logo na oferta do seu primeiro cartão de crédito, que se encantaram com as possibilidades e entraram para a extensa lista de inadimplentes bem cedo. Então é justamente por isso que vamos falar do porquê é tão importante ensinar educação financeira aos seus filhos.

 

Por que se torna indispensável esse ensinamento?

Justamente porque, reforçando o que foi dito, na vida adulta ele precisará tomar decisões que envolvam a renda dele. Serão muitas oportunidades e oferecimentos de cartão de crédito, boleto e outras linhas de crédito que irão tentá-lo a se envolver em dívidas.

Vale ressaltar que não é difícil achar jovens com o nome no vermelho e no SERASA. Isso porque recebem muitas possibilidades e margens que ainda não sabem lidar.

Se até no meio dos adultos não é incomum o descontrole financeiro, quando se espera mais maturidade e conhecimento para administrar as próprias finanças, esse desafio pode ser ainda maior no meio dos mais jovens e está aí a importância. Mas afinal, como ensinar educação financeira?

 

Ensinamento de hábitos bem pensados

Aquilo que é ensinado desde a infância vira um hábito e pode ser levado durante toda a vida, assim como valores bons e ruins e crenças. O mesmo serve para o cultivar de modos de agir.

Ensinar a criança o valor do dinheiro é algo que deve ser exercitado diariamente. Dar tudo que a criança quer, sem ensiná-la de que existe um custo, pode enraizar a ideia de que dinheiro é simples de conseguir e pode e deve ser gasto sem responsabilidade.

Presentear com um cofrinho e dar moedas para a criança ir juntando ao longo do tempo é uma ótima alternativa. Ela pode ir juntando durante um determinado tempo até atingir a meta do valor de algo que queira comprar.

Outra ideia é pagar a criança por pequenas tarefas. Dependendo da idade da criança, dá para somar essa dica aqui com a anterior. Por exemplo: se a criança lembrou de forrar a própria cama, guardar os brinquedos, escovar os dentes antes de dormir, jogar o lixo fora ou outras pequenas contribuições, é válido recompensar com pequenos valores para que a criança coloque no cofre.

Assim ela pode ir aprendendo o valor do dinheiro, que ele não vem fácil, que é importante ter controle sobre os gastos e que é preciso dar duro para conquistá-lo.

 

Ensinar a cuidar do próprio dinheiro

Agora vem um tópico que complementa o outro: não adianta ensinar a criança sobre as dificuldades de se ganhar e juntar dinheiro, mas não orientar sobre como cuidar dele.

Conversar de forma simples e clara, num linguajar que a criança vá compreender, sobre como cuidar do próprio dinheiro é muito importante.

Ensinar a enfrentar os desafios de se lidar com as próprias finanças e que se deve gastar com consciência, é indispensável para que se desenvolva desde pequeno o saudável hábito de independência financeira.

 

Planejamento

Mas e depois de juntar esse dinheiro? Ou antes, por que juntar? É preciso estabelecer metas bem claras e definidas sobre isso.

Ajudar a criança a criar um plano de metas é muito importante para que ela entenda a importância de se trilhar um caminho, que isso torna mais provável e possível alcançar os objetivos.

Mas faça isso sempre de forma que a criança vá compreender. Se ela quer, por exemplo, uma boneca que custa valor X, faça com junto ela uma planilha colorida, pintada e especifique o valor total a ser guardado. Lembrem-se de escrever todos os dias quanto foi destinado a esse propósito e vá marcando com X quantos dias a menos faltam para chegar no valor total.

Isso certamente irá ajudar a criança a ter um pouco de noção sobre ter um plano de ação, uma estratégia sobre como gastar de forma consciente. Além de ainda dar uma sensação de satisfação muito maior quando a criança alcançar o objetivo, ela saberá que se esforçou, que se planejou por aquilo, coisa que não ocorreria se simplesmente ganhasse.

 

Ensinar sobre dívidas

Falar sobre dívidas também é falar de dinheiro. Não deve existir nenhum, ou quase nenhum, ser humano na face da Terra que nunca tenha formado uma dívida por menor que seja o valor dela.

E é por isso que desde pequeno é importante falar sobre dívidas. As crianças, ao crescerem, terão gastos com obrigações como energia elétrica e água, que são dívidas que não se tem para onde correr e também formarão com outras necessidades e até mesmo com coisas corriqueiras.

Orientar sobre como é melhor guardar o dinheiro e pagar à vista do que fazer uma dívida, também sobre como ser responsável quando tiver acesso a linhas de crédito, pode ajudar a fugir de muita dor de cabeça relacionada a vida financeira.

 

Conclusão

Ensinar seus filhos a terem responsabilidade e a administrar o próprio dinheiro os ajudará a serem adultos mais conscientes.

Dessa forma será mais eficaz evitar que ele seja mais um número na lista de inadimplentes e fugirá de muito estresse financeiro.

 

Originalmente postago em blackfriday.com.br/blog

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